sexta-feira, 15 de abril de 2016

Depoimento

Vocês irão ler a seguir, o depoimento emocionante de perda e superação na vida de uma das integrantes do nosso blog, que aos dezenove anos e com 36 semanas de gestação teve Eclampsia ficando entre a vida e a morte.


Meu nome é Adriana Gomes Mateus Leite tenho 36 anos, casada, mãe, técnica de enfermagem na Prefeitura de Belo Horizonte há oito anos, e atualmente acadêmica de enfermagem do 5 período na faculdade Uni BH noite. Vim de uma família de pais separados, criada pelos avôs paternos, meu sonho desde a infância era de constituir família e ter filhos, casei-me ainda adolescente aos dezessete anos, e aos dezenove engravidei do meu primeiro filho. Com 32 semanas de gestação, tive que ser internada na maternidade Odete Valadares devido à crise hipertensiva e edema generalizado. Não me lembro muito bem o motivo, tive que ser transferida para a maternidade Sophia Feldman algumas semanas depois, com 36 semanas tiveram que mim levar urgentemente para o bloco cirúrgico com eclampsia, e interromper minha gestação. Naquele momento, achei que era meu fim, só mim lembro de implorar a Deus que Salvasse meu bebê, meu mundo desmoronou, era um pesadelo, dali para frente só me lembro acordando na UTI ao lado do meu filho agonizante e de muitos profissionais do nosso lado. Salvaram a minha vida, mas, infelizmente perdi meu bebê amado e tão desejado, mesmo com todo apoio psicológico do hospital e da família fiquei revoltada e depressiva.
Presenciar as mães com bebês no colo amamentando era doloroso demais, eu sabia que era egoísmo puro da minha parte, mas não podia aceitar a situação. Passei por todas as fases da perda, não pulei etapas. A descida do leite foi a parte mais dolorosa fisicamente e espiritualmente para mim, meu corpo foi preparado para receber e acolher meu bebê e, no entanto, não tinha bebê nenhum para compartilhar nada, entende? Tive febre, mastite, tive que tomar várias medicações e por muito tempo fui hipertensa, uma transformação de 360 graus. Sendo honesta comigo mesma, meu luto perpetuou por oito anos até nova gestação, desde aí tudo mudou, me realizei completamente com a maternidade, minhas feridas foram cicatrizadas e recomecei a construção de novos sonhos. Hoje tenho duas bênçãos de Deus, filhas maravilhosas, travessas, espertas e já pré-adolescentes, Andrezza com 12 e Ludmille com 11 anos, não vou enganá-los, não foi fácil e não o é, venci e continuo caminhando almejando novas conquistas. Costumo dizer que tenho três filhos, porque Mattos existiu fez e faz parte da história de Edson e Adriana.








5 comentários:

  1. História emocionante, regada de superação, que sirva de inspiração a tantos pais q vivenciaram ou estão vivenciando dramas semelhantes.

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  2. Linda História de Superação , Deus Abençoe Sua Vida e Sua Familia Realizando Todo Desejo Que Almeja Seu Coração, Forte Abraço!

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